Quaresma – Tempo favorável de conversão
Salve Salve galerinha sarada, faz um tempo que eu não passo aqui, estava com saudades, mas a correria está grande graças ao nosso bom Deus, a missão está a todo vapor, quero aproveitar e partilhar um texto que fala um pouco sobre a quaresma, esse tempo que devemos buscar o silêncio interior, e a nossa conversão, deixar o Senhor nos falar, é época de penitência, jejum e oração… então vamos lá:
A Quaresma nos oferece, então, esse “tempo favorável” para se deixar o pecado e voltar para Deus. E para isto fazemos penitência. O seu objetivo não é nos fazer sofrer ou privar de algo que nos agrada, mas ser um meio de purificação de nossa alma. Sabemos o que devemos fazer e como viver para agradar a Deus, mas somos fracos; a penitência é feitar para nos dar forças espirituais na luta contra o pecado.
A melhor Penitência, sem dúvida, é a do Sacramento que tem esse nome. Jesus instituiu a Confissão em sua primeira aparição aos discípulos, no mesmo domingo da Ressurreição (Jo 20,22) dizendo-lhes: “a quem vocês perdoarem os pecados, os pecados estarão perdoados”. Não há graça maior do que ser perdoado por Deus, estar livre das misérias da alma e estar em paz com a consciência.
Além do Sacramento da Confissão a Igreja nos oferece outras penitências que nos ajudam a buscar a santidade: sobretudo o que Jesus recomendou no Sermão da Montanha (Mt 6,1-8), “o jejum, a esmola e a oração”, que a Igreja chama de “remédios contra o pecado”.
Cristo jejuou e rezou durante quarenta dias (um longo tempo) antes de enfrentar as tentações do demônio no deserto e nos ensinou a vencê-lo pela oração e pelo jejum. Da mesma forma a Igreja quer ensinar-nos como vencer as tentações de hoje. Vencemos o pecado praticando a virtude oposta a ele. Assim, para vencer o orgulho, devemos viver a humildade; para vencer a ganância devemos dar esmolas; para vencer a impureza, praticar a castidade; para vencer a gula, jejuar; para vencer a ira, aprender a perdoar; para vencer a inveja, ser bom; para vencer a preguiça, levantar-se e ajudar os outros. Essas são boas penitências para a Quaresma.
Todos os exercícios de piedade e de mortificação têm com objetivo livrar-nos do pecado. O jejum fortalece o espírito e a vontade para que as paixões desordenadas, (gula, ira, inveja, soberba, ganância. luxúria, preguiça), não dominem a nossa vida e a nossa conduta. A oração fortalece a alma no combate contra o pecado. Jesus ensinou: “É necessário orar sempre sem jamais deixar de fazê-lo” (Lc 18,1b); “Vigiai e orai para que não entreis em tentação” (Mt 26,41a); “Pedi e se vos dará” (Mt 7,7). E São Paulo recomendou: “Orai sem cessar” (I Ts 5,17).
A Palavra de Deus nos ensina: “É boa a oração acompanhada do jejum e dar esmola vale mais do que juntar tesouros de ouro, porque a esmola livra da morte, e é a que apaga os pecados, e faz encontrar a misericórdia e a vida eterna” (Tb 12, 8-9).“A água apaga o fogo ardente, e a esmola resiste aos pecados” (Eclo 3,33). “Encerra a esmola no seio do pobre, e ela rogará por ti para te livrar de todo o mal” (Eclo 29,15). Então, cada um deve fazer ma Quaresma um “programa” espiritual: fazer o jejum que consegue (cada um é diferente do outro); pode ser parcial ou total. Pode, por exemplo, deixar de ver a TV, deixar de ir a uma festa, uma diversão, não comer uma comida que gosta ou uma bebida; não dizer uma palavra no momento de raiva ou contrariedade, não falar de si mesmo, dar a vez aos outros na igreja, na fila, no ônibus; ser manso e atencioso com os outros, perdoar a todos, dormir um pouco menos, rezar mais, ir á Missa durante da semana…
Enfim, há mil maneiras de fazer boas penitências que nos ajudam a fortalecer o espírito para que ele não fique sufocado e esmagado pelo corpo e pela matéria. A penitência não é um fim em si mesma; é um meio de purificação e santificação; por isso deve ser feita com alegria.
Texto retirado do blog do Professor Felipe Aquino.
Acesse em “DICAS DE FÉ” um texto especial sobre o Sacramento da confissão.
Deus abençoe!